Como o dólar alto afeta quem tem empréstimo ou pensa em financiar
24/07/2025
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O dólar caro aperta o orçamento e encarece empréstimos. Saiba como se proteger e evitar surpresas no bolso.Autor: Héctor Santos - Diretor - CEO
A valorização do dólar para cerca de R$ 5,56 a R$ 5,59 em julho de 2025 não impacta apenas compras no exterior. Quem possui empréstimos, financiamentos ou pretende contratar crédito sente fortemente os efeitos dessa alta cambial. Veja como — e por que agir com atenção agora.
Encargo indireto no custo do crédito
Mesmo quando sua dívida está em reais, o dólar alto pode elevar o custo do crédito no país. Isso ocorre pois instituições financeiras têm maior custo de captação quando a moeda americana se fortalece. Consequentemente, as taxas de juros — como as do crédito pessoal, financiamentos imobiliários ou de veículos — acabam subindo.
Impacto na inflação e juros futuros
A alta do dólar pressiona itens da cesta básica, combustíveis, insumos e energia, empurrando a inflação para cima. Para conter esse avanço, o Banco Central tende a manter a Selic elevada por mais tempo, encarecendo ainda mais empréstimos e financiamentos.
Financiamentos atrelados a índices como o CDI
Linhas de crédito atreladas à Selic ou ao CDI também sofrem reflexo indireto. Se a alta cambial provoca inércia ou evolução na curva de juros, esses financiamentos ficam mais caros — mesmo sem estar diretamente ligados ao dólar.
Risco de inadimplência e restrição de crédito
Com juros mais altos e inflação em expansão, cresce o risco de inadimplência e o volume de pessoas endividadas. Isso leva as instituições a aumentarem exigências na concessão de crédito, dificultando financiamento para quem já se encontra vulnerável.
Comportamento do crédito (bolsões seguem sendo ofertados)
Apesar dos custos altos, o volume de operações de crédito ainda cresce, revelando um certo grau de resiliência do consumidor. Basta observar que, em abril de 2025, o crédito bancário no Brasil cresceu 0,7% no mês, mesmo com custos elevados. No entanto, é um crescimento acompanhado com cautela pelas instituições.
Como se proteger e tomar decisões inteligentes
1. Revise seu orçamento com frequência, considerando os efeitos da inflação e dos juros altos.
2. Prefira modalidades de crédito com taxa fixa ou garantias, que oferecem maior previsibilidade.
3. Se já tiver dívidas, priorize a quitação das mais caras ou financeiramente vulneráveis ao cenário econômico.
4. Consulte um especialista para entender qual modalidade (como consórcio ou crédito com garantia) pode oferecer margem de segurança.
O dólar alto — ainda que em patamares estáveis perto de R$ 5,56 — traz consequências que vão além das câmeras cambiais. Ele encarece o crédito, pressiona juros e reduz o poder de compra. Isso exige atenção redobrada, planejamento e escolhas financeiras mais conscientes.
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